O verão está chegando e traz consigo uma grande preocupação estética: o melasma. Conforme define a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a condição, com predominância entre as mulheres, se “caracteriza pelo surgimento de manchas escuras na pele, mais comumente na face, mas também pode ser de ocorrência extrafacial, com acometimento dos braços, pescoço e colo”.
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Embora não tenha uma causa definida, o melasma costuma estar relacionado ao uso de anticoncepcionais, gravidez e, principalmente, exposição solar, segundo a SDB. Por isso, o verão merece ainda mais a atenção daquelas que sofrem da condição, que tem como consequências a aparência envelhecida e a queda de autoestima, como pontua Heloisa Hofmeister, dermatologista e professora do curso de pós-graduação da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Como prevenir o melasma
Para evitar a condição, a profissional recomenda o uso diário de filtros solares de alto fator, tanto químicos quanto físicos (com cor), mesmo em dias sem sol. Além disso, vale apostar em outras medidas para potencializar a proteção, como uso de bonés, camisetas com tecnologia UV e sombrinhas, por exemplo.
“O uso de antioxidantes orais — popularmente conhecidos como filtro solar oral, mas que não substituem o uso tópico — pode ajudar a diminuir os danos causados pela radiação. Substâncias como Polypodium Leucotomos, Pycnogenol, Luteína e Coenzima Q10 podem ser suplementadas para uma fotoproteção extra no verão. Vale ainda, aumentar a ingestão de frutas e de vegetais ricos em betacaroteno e licopeno, como tomate e morango, que auxiliam as células da pele a se proteger contra os radicais livres, liberados durante as queimaduras solares”, declara Larissa Oliveira, dermatologista da clínica Les Peaux.
Tratamentos para melasma
Heloisa informa que a condição não tem cura. No entanto, existem tratamentos para o melasma. Para isso, ela criou um protocolo especial Viçapele, que promete melhoria das manchas sem práticas invasivas, a partir do uso de seis máscaras aplicadas no consultório dermatológico em intervalos de 48h a 72h.
“Com a ajuda da Dermatus, fomos aperfeiçoando até se tornar o produto que lançamos este ano para uso médico em todo o Brasil. O Viçapele não é peeling, não tem efeitos colaterais ou riscos, e quando utilizado da forma correta melhora em mais de 50% as manchas em apenas duas semanas”, garante.
No entanto, o tratamento para melasma também conta com opções mais tradicionais. “Lasers de baixa intensidade e pouco abrasivos e microagulhamentos superficiais também podem ser usados mesmo no verão, associados ou não a substâncias estéreis com função clareadora (drug delivery), com supervisão do dermatologista”, lista Larissa Oliveira.
Por fim, a profissional da clínica Les Peaux alerta: “Evite lasers com promessas milagrosas, que promovem muito aquecimento ou perfurações na pele e, principalmente, fique atenta às estratégias de clareamento propostas por profissionais não dermatologistas.”